Flora


Flora

Flora: adaptação

A flora da caatinga é tão marcante na paisagem que dela derivou o próprio nome do bioma (caatinga, do tupi = mata branca), assim chamada pelos índios pela sua característica marcante, a de perder as folhas no período de estiagem exibindo um emaranhado de troncos tortuosos e esbranquiçados.

Transição entre o período seco e chuvoso na Caatinga, um dos fenômenos mais interessantes desse bioma
A vegetação, na maioria das vezes, apresenta uma forma arbustiva, composta por espécies lenhosas de baixo porte (geralmente até 5 m de altura) entremeadas por cactáceas e bromélias terrestres, porém a caatinga compreende também uma forma de vegetação de porte mais elevado e denso que é a chamada caatinga arbórea, com espécies de mais de 20 metros de altura, raríssimas atualmente devido a exploração histórica desenfreada.

Formações arbóreas na Caatinga
Adaptações das plantas Para sobreviver ao período seco do ano, as espécies vegetais da caatinga desenvolveram estratégias como xerofilia (tolerância a seca), microfilia (folhas pequenas) ou transformadas em espinhos para evitar a perda de água, suculência e presença de raízes tuberosas para armazenamento de água, o que permite a rebrota da planta mesmo após longos períodos de falta de água ou mesmo intervenções antrópicas.

Folhas modificadas em espinhos no mandacaru (cactáceas) e folhas pequenas da catingueira (microfilia)
Riqueza As formas de vida vegetal são das mais variadas e com uma rica biodiversidade e endemismo. São encontradas não só espécies arbóreas e arbustivas como também herbáceas, lianas e principalmente cactáceas. Os estratos arbóreos e arbustivos, que dão a feição característica da caatinga, têm como família de maior diversidade a Leguminosae, como exemplo temos: a catingueira (Caesalpinia pyramidales); o sabiá (Mimosa caesalpiniifolia); o angico (Anadenanthera colubrina); as juremas preta e branca (Mimosa tenuiflora e M. artemisiana) entre outras. Espécies arbóreas raras hoje na paisagem e de grande valor são: Ipê roxo (Tabebuia impetiginosa) e cumaru (Amburana cearensis); aroeira (Myracroduon urundeuva), sendo a última pertencente à lista oficial de espécies brasileiras ameaçadas de extinção. Nesse estrato encontramos ainda a palmeira endêmica e símbolo do Ceará, a carnaúba (Copernicia prunifera) que possui grande valor cultural e econômico.

Aroeira (Myracroduon urundeuva); cumaru (Amburana cearensis); Ipê roxo (Tabebuia impetiginosa)
O estrato herbáceo é constituído principalmente por ervas anuais (terófitas) e geófitas que aparecem apenas na curta estação chuvosa, sendo considerado por alguns estudos como mais diverso que a flora lenhosa. Entre as espécies temos: a malva branca (Wissadula SP); malícia (Mimosa pudica) e jitirana(Ipomoea sp.).


Flor da malva branca (Wissadula SP) e da malícia (Mimosa pudica)



Flor da jitirana (Ipomoea sp.).
As cactáceas constituem um importante elemento da paisagem, com seus caules suculentos e cobertos por espinhos. Foram registradas para a caatinga 58 espécies das quais 42 são endêmicas, entre elas os principais gêneros são: coroa-de-frade (Melocactus); mandacaru (Cereus jamacaru); facheiro(Pilosocereus); e palma (Tacinga), sendo este último endêmico.

Mandacaru; coroa-de-frade e palminha
A conservação de toda essa rica biodiversidade de formas vegetais da caatinga possibilitará a permanência de uma fauna igualmente rica, que depende direta e indiretamente dos recursos vegetais e da geração de diversos serviços ambientais diretos e indiretos, assim como são essenciais para uma sadia qualidade de vida do homem e para a manutenção do equilíbrio do planeta.
A vegetação da caatinga é adaptada às condições de aridez (xerófila). Foram registradas até o momento cerca de 1000 espécies, estimando-se que haja um total de 2000 a 3000 plantas.
Apresenta vegetação típica de regiões semi-áridas com perda de folhagem pela vegetação durante a estação seca. Anteriormente acreditava-se que a caatinga seria o resultado da degradação de formações vegetais mais exuberantes, como a Mata Atlântica ou a Floresta Amazônica. Essa crença sempre levou à falsa ideia de que o bioma seria homogêneo, com biota pobre em espécies e em endemismos, estando pouco alterada ou ameaçada, desde o início da colonização do Brasil, tratamento este que tem permitido a degradação do meio ambiente e a extinção em âmbito local de várias espécies, principalmente de grandes mamíferos, cujo registro em muitos casos restringe-se atualmente à associação com a denominação das localidades onde existiram. Entretanto, estudos e compilações de dados mais recentes apontam a caatinga como rica em biodiversidade e endemismos, e bastante heterogênea. Muitas áreas que eram consideradas como primárias são, na verdade, o produto de interação entre o homem nordestino e o seu ambiente, fruto de uma exploração que se estende desde o século XVI.

Embora a região a que pertence esse bioma seja muito árida, encontra-se todavia belas imagens de sua vegetação exótica. São árvores com características atípicas. Algumas ficam completamente secas e desfolhadas no inverno/primavera (*que corresponde ao período seco na região), porém voltam a florescer nas primeiras chuvas do verão (época em que começa o período chuvoso).


     A evolução 

A flora se constitui de espécies xerófitas (formação seca e espinhosa resistente ao fogo e praticamente sem folhas) e caducifólias (que perdem as folhas em determinada época do ano) totalmente adaptadas ao clima seco com predominância de cactáceas e bromeliáceas. O extrato arbóreo apresenta espécies de até 12 metros de altura, o arbustivo, de até 5 metros e o extrato herbáceo apresenta vegetação de até 2 metros de altura. As principais representantes do reino vegetal são: a aroeira, o mandacaru, o juazeiro e a amburana.

http://www.infoescola.com/geografia/caatinga/

A extinção

    
  Todas as flores e plantas nas imagens acimas estão em extinção, na Caatinga. 







Nome popular : ButiáNome

científico: Butia eriospatha (Mart.exDrude) Becc.

Família: Palmae

Ocorrência: Paraná, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul, nos campos do planalto desses Estados. Na região litorânea do sul do país ocorre a espécie Butiá capitata Becc., de características muito semelhante a essa espécie, recebendo inclusive quase os mesmos nomes populares.

Utilidade: A madeira é empregada apenas localmente em construções rústicas. Os frutos são cosmétiveis e muito apreciados pelas populações locais, que os consomem ao natural, na forma de licores e vinhos. A amêndoa é comestível e fornece óleo alimentar. As folhas são utilizadas para o fabrico de chapéus, cestos, cordas, e para enchimento de colchões e estofados. Os frutos são também muito consumidos por várias espécies de pássaros. A árvore é extremamente ornamental e muito utilizada na arborização de ruas e praças em toda a região sul do país.

Floração: Floresce durante os meses de outubro-janeiro.

Frutificação : Amadurecem nos meses de janeiro-março



Nome popularPau-brasil

Nome científicoCaesalpinia echinata Lam.

Família: Leguminosae

Ocorrência: Matas costeiras (Mata Atlântica), do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro.

Utilidade: Sua madeira é muito pesada, dura e muito resistente. É empregada atualmente somente na confecção de arcos de violinos. É uma árvore de porte elegante, copa arredondada, folhas verde-escuras brilhantes, flores em cacho amarelo-ouro, ótima para uso paisagístico.

Floração: As flores de cor amarelo-ouro , florescem a partir do final de setembro, prolongando-se até meados de outubro.

Frutificação: Os frutos amadurecem nos meses de novembro-janeiro.A exploração predatória de sua madeira desde a época do descobrimento do Brasil, inclusive sendo exportada para a Europa, tornaram esta espécie ameaçada de extinção.


Nome popular: Imbuia, Embuia

Nome científico: Ocotea porosa (Nees) Barroso

Família: Lauraceae Ocorrência: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nas submatas dos pinhais.

Utilidade: A madeira é uma das mais procuradas para confecção de mobiliário de luxo, principalmente pela sua beleza; muito utilizada também para construção civil como tacos, esquadrias, lambris, pontes e moirões, para marcenaria de luxo, laminados e carpintaria. A árvore é bastante ornamental e pode ser usada com sucesso no paisagismo em geral.

Floração: Floresce durante os meses de outubro-novembro.

Frutificação: Os frutos amadurecem em janeiro-marçoA extração predatória e indiscriminada de sua madeira, muito usada na confecção de mobiliários e construção civil, ameaça a espécie de extinção.


Nome popular : Cambuci

Nome científico: Campomanesia phaea (O. Berg) Landrum

Família: Myrtaceae

Ocorrência: Ocorre em São Paulo e Minas Gerais na vertente da Serra do Mar que dá para o planalto e no início do planalto em direção ao interior, regiões intensamente devastadas pela ocupação humana

Utilidade: A madeira é própria para confecção de cabos de ferramentas e instrumentos agrícolas, produz frutos comestíveis ingeridos principalmente na forma de sucos e licores. Nos tempos colônias eram apreciados para aromatizar refresco e vinhos. Por ser um vegetal taninoso é considerado cicatrizante, antidiarréico, e seus frutos e cascas podem substituir o limão na medicina popular.

Floração: Agosto - Novembro.

Frutificação : Janeiro-Fevereiro. Seus frutos são bastante apreciados por pássaros, por isso é componente indispensável nos reflorestamentos heterogêneos destinados a recomposição de áreas degradadas de preservação permanente.Ameaçada de extinção devido exploração predatória da sua madeira para fabricação de ferramentas e a destruição da Mata Atlântica, seu habitat natural.


Nome popular: Bromélia-Imperial

Nome científico: Alcantarea Imperialis (Carrière) Harms

Família: Bromeliaceae

Atrai polinizadores, especialmente os beija-flores

Floração: Inflorescência ereta, terminal, ramificada, bem mais alta que a folhagem, com brácteas brilhantes de cor marrom-avermelhada, com numerosas flores de cor amarela.Multiplica-se por sementes e eventualmente pelas mudas que se formam por brotações de estolões.Ameaçada de extinção por ser uma espécie ornamental, muito apreciada em projetos paisagísticos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário